Sou uma pessoa metódica, que gosta de ter um roteiro a seguir. Sim, chato como soa, gosto de ter horários, funções determinadas, tópicos a riscar numa agenda (virginiana, né?). E a verdade é que isso muitas vezes faz com que eu mesma coloque limitações nos meus desejos.
Acho que é fácil imaginar que esse ~estilo de vida~ pouco combina com a profissão que sigo hoje. Tem muito mais a ver com trabalhar em uma grande corporação, com vários graus hierárquicos, ter entregas com prazo, horário de começar e de terminar o trabalho, local certo pra estar todo dia, que faça valer aquele diploma da faculdade…
Enfim, tem tudo a ver com meu trabalho anterior, em redações de revista. Foi minha vida por alguns anos e eu era muito feliz, estava acostumada a esse ritmo. Por isso talvez eu tenha demorado tanto tempo a escolher entre blog e emprego tradicional. Independente de julgamentos externos, parecia que essa vida incerta e de montanha-russa, não era pra mim.
Veja bem, não estou dizendo que gostava mais de estar numa redação do que cuidando do meu blog. O Just Lia sempre foi minha paixão maior, mas justamente por ser tão gostoso, era difícil entrar na cabeça que poderia ser meu único trabalho, meu “emprego sério”. Como eu sei que pra muitas pessoas ~de fora~ ainda é. “Mas você é só blogueira?”. Como se fosse pouco! rs
Então sendo metódica, chata, racional como sou, essa época da transição de deixar o emprego tradicional para apostar em algo mais livre, foi de quebrar regras. Tanto as impostas pela sociedade (que como eu disse, até hoje, 5 anos depois, julga), como as regras da minha cabeça, que na real, sempre foram as mais complicadas de vencer, em diferentes batalhas.
As vezes a gente deixa de fazer coisas por acreditar que aquilo não é pra gente. Podem ser coisas grandes como se arriscar em um novo trabalho, ou coisas menores, como testar um batom vermelho. Isso tem que acabar! A gente tem que parar de ouvir tanto a opinião alheia e tem que parar de se auto-julgar com tantas limitações. E fazer nossa parte nessa evolução, parando de julgar os outros também. Dando liberdade para sermos nós também mais livres.
O fato é que do instante em que eu tomei a decisão que meu coração pedia, da liberdade de ter minha própria empresa, de tomar as rédeas em uma nova profissão, eu percebi que tem algo muito mais forte do que simplesmente aceitar o que é ou não é pra mim, na minha cabeça. Existe a VONTADE, o QUERER. Isso que deve mandar, ou seremos eternamente frustradas e limitadas. Tudo o que você quiser, será pra você, faça suas escolhas e seja feliz!
A nova campanha da Quem Disse Berenice? fala justamente sobre esse monte de NÃOs que nós mulheres recebemos: de nós mesmas, das amigas, dos homens, de pessoas desconhecidas… Risque o NÃO da sua vida!!! O vídeo da campanha (abaixo!) é uma graça, a marca sempre tem as campanhas mais legais a favor da liberdade feminina. Sou fã! O mundo precisa de mais disso… ♥